quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Capítulo 8


Sophia Narrando
Caíque beijava meu pescoço, o quê me deixava arrepiada, e me fez retribuir o carinho. Enquanto o beijava desesperadamente, íamos nos aproximando cada vez mais de minha cama, coberta por pétalas.
Quando já estávamos na beirada, eu o empurrei - de modo que caísse deitado - tirei minha camiseta, e a joguei no chão. Deitei em cima dele e sussurrei em seu ouvido:

- Só me diz que é isso o quê você quer que eu sou sua.
- Sou seu, você é minha, e é isso o quê eu quero fazer - ele respondeu, enquanto tirava sua própria camisa e a jogava no chão, ao lado de minha blusa.
Em pouco tempo, não haviam apenas duas blusas, mas nosso vestuário completo.
E foi assim, naquela noite, onde todos haviam perdido o controle, que nós dois cometemos um crime passional, e nos entregamos um ao outro. Agíamos como se aquela fosse a última noite, e como se nunca mais pudêssemos tocar um ao outro. Eu sentia sua pele, mas ainda era pouco demais... eu precisava dele inteiro. Não foi a minha primeira vez, e sei que nem a dele, mas sei que aquela noite foi a mais especial de nossas vidas. Em tão pouco tempo, passamos por muitas coisas esperando por aquele momento, que parecia passar rápido demais. Podia passar o tempo que fosse, mas a cada vez mais, eu tinha a certeza de que passaria o resto de minha vida ao lado de Caíque.
Depois de um tempo, já não se ouvia mais barulho nenhum em meu quarto, agora escuro sem a luz das velas que se apagaram. Nossas respirações estavam em sincronia, e eu começava a adormecer em seu peito. Quando meus olhos já fechavam involuntariamente, eu me virei e olhei diretamente para seus olhos agora de um verde tão penetrante que me faziam suspirar.
- Eu te amo, sabia? - eu revelei aquilo que eu havia guardado em meu coração, e que já me sufocava.
- Você não sabe o quanto eu esperei pra te ouvir dizer isso. - ele disse. Logo depois, beijou a minha testa.
Não me lembro de quando adormecemos, mas quando percebi, já estávamos acordando. Ele primeiro, enquanto me enchia de beijos e cafunés, ao mesmo tempo em que abria meus olhos. Tudo era perfeito. Tudo era certo. 
De uma hora pra outra, tudo mudou; meu quarto foi invadido pela luz do corredor, e gritos. Gritos dominavam o ambiente. 
 - Como vocês dois puderam fazer isso comigo?! Eu devo ser uma idiota, não é possível - Luísa gritava enquanto nós dois levantávamos. Ainda estava de calcinha e sutiã, e Caíque havia vestido sua calça. Atrás dela, pude perceber que Lippe e Rodrigo a seguravam para que ela não cometesse uma loucura.
Explicações em vão, gritos, choros... uma noite perfeita que se fora. Eu não sabia o quê fazer, até Luísa se soltou, e invés de correr para dentro do quarto, se virou e foi embora.
- Caíque, o que foi que a gente fez?
- Eu não sei, pequena. Mas vai ficar tudo bem. - ele ainda atordoado em uma tentativa em vão de me consolar.

Caíque já havia colocado suas roupas, mas eu estava em choque demais para fazer alguma coisa. Ele, Digo e Lippe se revesam tentando me consolar, me afagando enquanto eu chorava em seus braços.
- Como ela ficou sabendo que ele estava aqui. - eu perguntei inconformada.
- Parece que seu antigo namoradinho, o Lucas, veio de penetra na festa, e viu quando vocês dois subiram pra cá. - Rodrigo respondeu com certo desprezo em ter que mencionar Lucas.
- Eu vou acabar com aquele filho da puta - Caíque disse saindo do quarto com raiva.
Eu gritava tentando alcançá-lo, e quando percebi já estava parada na porta da frente gritando pra que ele voltasse.
Subi novamente, mas dessa vez para tentar pensar no quê fazer a seguir. Tomei um longo banho, e coloquei uma roupa para ficar em casa. Lippe já tinha ido embora, então Rodrigo me fez companhia durante a tarde. Ficamos vendo filmes em meu quarto, enquanto nossa empregada limpava a sujeira do resto da casa. Já estava escuro lá fora quando recebi uma mensagem de Caíque. Meu coração acelerou na hora, mas já era bom saber alguma notícia.
"Soph, eu preciso que você venha aqui em casa, por favor. É urgente. Amo você."

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